sábado, 23 de janeiro de 2016

TRIBUNA DO VALE - 230116


TRIBUNA DO ESPORTE
                                                                             HÉLDER GASPARINO MATTOS

NA MARCA DO PÊNALTI

           

 Samuelson em ação pelo F. C. STAHL na Alemanha.

JUAREZ

               Nos tempos do Coqueirinho, lá pela década de 1970, que ficava localizado a Rua Gualberto de Almeida, ali no centro da cidade e que pertencia a família Vicente Bastos e que na linguagem de hoje seria uma espécie de CT – Centro de Treinamento do Flamenguinho, a pelada corria solta de segunda a sexta. Das 15:00h as 17;00h        era a pelada dos pequenos e das 17:00h ás 18:30h, os grandes é que mandavam. Foi dentro deste contexto que em um dia de mais uma pelada, a turma chegou, ficamos sentados ali na calçada, enquanto Baé abria o portãozinho que dava acesso ao campo, antes passávamos por um monte de tijolos que acompanhavam a lateral do campo. Aguardamos um pouco, entre uma conversa e outra e começamos a distribuir os times. Neste ínterim, um cara baixinho, que não era ligado a nenhum peladeiro, adentrou ao recinto e sentou em uma pilha dos já citados tijolos fora dos limites da terra batida que era o piso sagrado do nosso Coqueirinho. Bado para um lado José Paulo para o outro, Tininha para um Lado Gilmar para o outro. Cafinfa para um lado Antônio para o outro e assim por diante. Quando dividiu todos atletas ficou faltando um para completar o time. Para a pelada começar foi necessário perguntar aquele menino de calça e óculos fundo de garrafa, se queria dá uma corrida. O baixinho não pestanejou:        tirou o sapato, arregaçou as pernas da calça, tirou os óculos foi para o jogo. Daí para adiante, o que vimos foi um show de bola do desconhecido. Canhoto, o baixinho era difícil de parar quanto arrancava do meio do campo em direção ao gol. Pelada encerrada, Juarez - era o nome dele – não só era nosso convidado para a pelada do dia seguinte, como também passava a integrar o elenco do nosso Flamenguinho.

SAMUELSON

                Um grupo de companheiros, coordenados por Ramiro e Jorge Lisboa, mantem as terças e quintas uma pelada de futebol society nas dependências do SESC – Januária. No final do ano passado, estávamos lá para corrermos atrás da bola, como a frequência estava baixa, aguardamos um pouco, gastando um dedo de prosa. Como não chegava mais peladeiros, dividiu-se as equipes e a bola rolou. Como uma equipe encaixou mais rapidamente, o placar chegou a 8 x 0 e começou a ficar desinteressante. O jeito foi ficar com um olho na bola e outro no alambrado até que apareceram dois voluntários. A pelada parou, entrou um para cada lado e vamos dentro. No time nosso, que perdia, entrou um cara de boa estatura e magro e a partir daí foi outro jogo: Caneta, chapéu, gol com chute a meia distância, e o placar diminuindo - dribles, embaixadinha, gol com bola colocada e o placar diminuindo – elástico, passe de calcanhar, gol de letra e o placar diminuindo. Quando, após uns vinte e cinco minutos, a diferença era de apenas um gol e o balé continuava ouviu-se um grito: “ Acabou, não vou correr atrás de menino não. ”  Na falta de esparregue, o jeito foi parar e contentar com um dos maiores shows individuais que pude presenciar nas dependências do SESC Januária. Findado, unilateralmente o confronto, aproximei do personagem maior e perguntei o nome, ele respondeu: “É Samuelson, fui colega no BETEL do seu filho Hélder. Meu pai é o Edson e jogo do futebol alemão. A conversa foi muito breve, ficamos de encontrar para pegarmos mais informações sobre sua carreira, porem infelizmente ele voltou para Alemanha e não foi possível. Mas na lembrança ainda da magia do futebol apresentado resolvi recorrer a família para saber mais daquele Juarez do século 21.  Dirigi a Condú Elétrica, Edson, o pai, é um dos proprietários, me recebeu gentilmente e narrou a história do Barranqueiro que luta por um espaço no futebol europeu. Nome: Samuelson Savicevik Mota, filho de Edson Luiz Mota Gonçalves e Mònica Valéria de Souza Lopes Mota (in memorian), nasceu em Januária, no dia 27/05/96, estudou no Colégio Betel. Sua carreira esportiva começou na Escolinha do PSV do Brejo do Amparo, atuou pela Escolinha o Celio em Itacarambi (NAZA), passou por uma peneirada naquela cidade vizinha onde um olheiro gostou do seu jogo e o levou para o Mogi-Mirim. Posteriormente foi atleta da Escolinha do Santos e do Atlético Goianiense onde se profissionalizou. Com a transferência para a ASEV - Goiânia teve oportunidade de participar de uma excursão a Alemanha onde apresentou um bom futebol e foi contratado, a uma ano e meio, pelo  F. C. STAHL – Brandenburg  - equipe da terceira divisão. Lembro-me que Juarez chegou as categorias de base do América Mineiro antes de voltar para Januária. Já o Samuelson ficamos na torcida pela consolidação da sua carreira no futebol europeu. Duas vidas, dois tempos diferentes que enriquecem a história do esporte bretão aqui nas barrancas da Princesa que tantos craques ajudaram e ajudam a escrever.

EM TEMPO:

           - Na quarta feira passada, o América Mineiro superou o Bahia por 3x2 em cobranças de tiros livres da marca do Pênalti, após empate no tempo normal por 2 x 2. Euller, aqui das Barrancas da Princesa, fez a terceira cobrança e converteu ajudando o Coelhão a chegar as semi finais da Copinha;


          - O atleticano Hélder Alves Duarte – já campeão da Flórida CuP em cima do atual campeão Brasileiro – e dona Dilene Bezerra Duarte tornaram celebre na terça feira 20 de Janeiro, a sua União matrimonial ocorrida na cidade de Manga há 25 anos. Parabéns a toda a família;

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

TRIBUNA DO ESPORTE - 16/01/16


TRIBUNA DO ESPORTE
                                                                                       HÉLDER GASPARINO MATTOS

NA MARCA DO PÊNALTI” 

Fabinho (Galo), este escrevinhador e Euller (Coelho).

               No começo da década dos anos 1990 tínhamos um comentário diário na Rádio Voz do São Francisco - AM, ao meio dia, quanto feriamos assuntos dos mais variados na seara esportiva, más com predominância do futebol, principalmente o local. O nome deste bate papo era: “Na Marca do Pènalti” Também, em Jornais locais tínhamos uma coluna esportiva que levava o mesmo nome. Nesta época de vacas magras no esporte local, decidi trazer à tona aquela antiga coluna. Ainda mais numa situação tão especial para este escrevinhador de quimeras – parafraseando o mestre Roberto Drummond – Colunista de Esportes do Estado de Minas - nos tempos áureos -, quando em poucos dias poderia assistir dois atletas Januarense atuando nas divisões de base de duas grandes equipes de Minas na Copa São Paulo de futebol juniores, ainda a competição nacional mais badalada da categoria. Na quinta feira, 07 de Janeiro, acompanhei o Galinho da Massa  ficar na roda contra a fraca equipe do Desportiva do Pará perdendo por 3 x 0 em atuação pífia que comprometeu – pelo menos naquela peleja – a perspectiva de avanço de muitos atletas para a divisão principal. È Claro, que um futebolista não pode ser avaliado por um único jogo. Agora foi um capitulo vexatório. Fabinho, filho do nosso colega de trabalho Miltinho, atuou a quem do que se esperava. Era dificílimo apresentar algo diferenciado em uma jornada que o grupo como um todo destoou. Já no domingo, ás 15:00h, assisti o confronto em que o América Mineiro superou o Vasco da Gama do Rio de Janeiro por 4 x 2 nas cobranças de tiros livres da marca do pênalti, após empate por 1 x 1 no tempo normal. O time do vale verde teve uma boa atuação, podendo ter superado os Cruzmaltinos ainda no tempo normal, quando desperdiçou a cobrança de um tiro livre da marca do pênalti. Matheuzinho, do Coelho, um meia atacante criativo e rápido, de 17 anos, foi o destaque, o “nosso” Euller, atuando como primeiro volante, camisa 5, foi bem: bom passe, bom posicionamento, algumas saídas para o jogo como elemento surpresa foi algumas das suas características naquela partida. Ululante que apenas uma partida não desqualifica de maneira irrefutável um atleta e ao reverso não o eleva a condição de profissional com perspectiva de um futuro promissor. Fabinho, com o currículo que tem de ex-atleta da seleção nacional, poderá, juntos com seus companheiros, escrever páginas de sucesso nas várias competições que disputarão ainda este ano e pavimentar a sua chegada ao profissional do Galão da Massa. Quanto a Euller, logo mais o Coelho enfrenta o Juventus-SP  e mais uma boa atuação e classificação  para as quartas de finais fará o filho de Lula consolidar mais um degrau na busca da meta de ser um profissional da bola. Boa sorte Euller, boa sorte Fabinho, boa sorte futebol das barrancas.
Em Tempo: Texto escrito na quinta feira.

                                               E-mail DO JOSÉ MARIA GUEDES
ATLETAS DOS TEMPOS ÁUREOS DO ESPORTE JANUARENSE FARÃO ENCONTRO NESTE SÁBADO NO POÇÕES SOCIETY CLUBE


               Relembrando os tempos áureo do Futebol de Salão, hoje Futsal, de Januária, com o apogeu na década de 70, amantes do esporte da Cidade das Águas Belas estará reunindo estes senhores da bola na manhã de sábado (16/01), a partir das 09h00, no Poções Society Clube, parte alta da cidade, para um bate bola e momentos de confraternização e fortalecimento de laços de amizades.
Estarão presentes atletas que defenderam as cores gloriosas dos colégios Caciquinho, Instituto, São João, dos clubes sociais Praia, BNB e as agremiações do Santa Cruz, Juventus e Humildes.
Outras atrações estarão presente, neste dia recordações, com exposição e fotos da época e animação com membros da bateria do bloco carnavalesco do Minhocão, puxado pelos irmão Lisboa Jorge e Dalton.
Todos os amantes do espetáculo, em especial os que presenciaram estes anos dourados do esporte barranqueiro, estão convidados a participarem destes momentos de nostalgia.
Entre tantas lendas vivas do esporte Januarense, estarão presente: Jorge Brahma, Dalton Lisboa, Toninho Bagaceira, Delsinho Magalhães, Manoel Jorge, Pedro Neves, William Ferreira, Lulu Pezão, Henrique Gomes, Agamenon Monteiro, Roberto Lima, Paulão da Cemig, Ricardo Santana, Wellington Gonzaga, Zé de Lucas, Dilson Mattos, Seu Nem Damasceno, Vá Cabeção e uma constelação de estrelas de primeira grandeza. Velhos tempos, belos dias.